sexta-feira, 13 de maio de 2011

Coisa da infância

Cresci numa dessas vilas.
Só fui me lembrar disso ao ler um post sobre a infância no blog de uma escritora. Eu não sinto saudades da minha infância. Ela não foi ruim. Foi comum, igual a de todo mundo.
Mas não penso com frequencia...

Na rua onde eu cresci tinha casas e terrenos baldios. Lembro que a nossa casa ficou pronta no verão e a rua não tinha asfalto. Isso quer dizer que quando chovia era uma comédia porque a terra virava lama e as conguinhas não resistiam. Mudavam de cor.

Eu era vizinha da dona Ilza que teve uma filha pouco tempo depois de eu me mudar pra lá. Michele e eu nos tornamos amigas. Mas eu não sei dizer como isso aconteceu. Ela ainda mora aqui na cidade, mas a nossa amizade se perdeu entre os meus oito ou nove anos porque eu nunca tive muita paciência com pessoas e ela era uma pessoa (obvio).

A nossa rua tinha suas lendas. Como todas as ruas tem. Na casa da frente morava a avó da Aline que era uma senhora chata que vivia implicando com todo mundo. Ela tinha um galinheiro no fundo do quintal, entre outras coisas. Um dia ela viajou e nós resolvemos invadir o quintal da casa dela. Foi uma dessas aventuras de infância. Não tinha nada de excepcional, mas não sei porque, todas as crianças achavam que lá tinha corpos, macumbas feitas e tudo mais que a imaginação de crianças do interior conseguissem pensar.

Era a nossa versão tupiniquim daquele filme "os goonies".

Um comentário:

francys disse...

Idem, não lembro nem penso na minha infância deve ser porque não tive.Gosto da infância dos livros que leio, para mim estas me agradam. rs