segunda-feira, 16 de maio de 2011

Verso novo.

A tristeza nos olhos
Por dentro das pálpebras
Para frente da face
Lágrimas antigas, reinventadas
Quando o sino toca ao longe
Lembrando as campinas de ontem
No passo mais breve
Nas manhãs mais humanas
De sol e sopro de vento
De trem no horizonte
E lagoas com peixes a espera de anzóis
Meia dúzia de lambaris no embornal
E o caminho para casa feito entre as pedras
A reclamação de que não vive
A certeza de que tudo morre
As casas fazem sombra
As meninas penteiam os cabelos das bonecas
Os meninos tropeçam junto a bola
E eu no meio do caminho
A esperar pelo trem na janela
Ele veio com seus dois ou três vagões
Levam punhado de sonhos
Deixam alguns pesadelos

Cresce menina, porque a vida não espera!


Um comentário:

francys disse...

Já imaginou que chatice seria se a vida esperasse,aff. A maioria das coisas ou iam parar ou ...Mas ainda bem que ela sempre segue a sua sina(e nós) mesmo em caminhos que já repetimos varias vezes,mas, sempre insistimos e a vida... mostra ou diz será que agora vai enxerga?rs
bjs